terça-feira, 2 de junho de 2020

Minha experiência com a Regressão à vidas passadas

Imagem por Pixabay
Boa noite, queridos leitores! Como estão? Está um friozinho gostoso aqui, e a neblina ocultou os prédios que ficam em frente à minha casa. Fico imaginando que delícia morar em um daqueles apartamentos agora, olhar para baixo e só ver névoa, como se as fadas estivessem voando por ali. Rsrs.
        Nem todos escolhem ter um dom, ou, pelo menos, acreditam que não... No entanto, nunca se sabe se essa foi uma decisão nossa no momento da reencarnação. Já li algumas histórias espíritas onde algumas pessoas escolheram ter esse dom para ajudarem outras pessoas e almas sofredoras. É nobre e digno de admiração, e aposto que quando estamos desprendidos de nosso corpo físico e nos damos conta da grandeza do universo e de Deus, nos sentimos suficientemente elevados para pensarmos assim e nos disponibilizarmos a ajudar os outros, mas quando retornamos para esse plano existencial, não somos capazes de nos lembrar o que planejamos e tudo o que resta é aquele sentimento lá no fundo de nossos seres, que muitos chamam de consciência, nos lembrando que devemos nos importar e fazer algo. Infelizmente, nem sempre ouvimos nossa consciência.
             Pode parecer que a reencarnação fere o livre arbítrio, mas eu a vejo como Causa e Consequência, você colhe o que planta, e depois, se cuidou bem de sua plantação, terá uma colheita farta, mas, caso contrário, terá de correr atrás do prejuízo. Reencarnação é isso.
                Às vezes, você sente mais dor do que acha que pode suportar, mas se olhar para trás, pode ser que você se assuste com o que verá. Não significa que todos que sofrem merecem sofrer. Lembro que li - também é um livro espírita - sobre uma moça que já tinha alcançado sua evolução espiritual e não precisava mais retornar para a Terra, mas ela escolhia voltar, ainda assim para ajudar outras pessoas a evoluírem, e ela sempre escolhia as encarnações mais sofridas. Quem sabe não é o seu caso? Talvez, você tenha um papel bonito e importante a desempenhar na vida de alguém próximo ou não a você. Talvez, você só precise superar sua própria dor e olhar para além de você... É claro que é preciso discernimento e MUITA iluminação para compreender essas palavras, porque, nesse mundo, infelizmente, existem pessoas que não querem ser salvas e, bem... Se martirizar por elas não irá salvá-las, só encurtar sua jornada aqui e aumentar a dívida cármica delas.
                  Você pode se desviar da programação escolhida para sua jornada nessa vida - livre arbítrio - e seguir uma rota completamente oposta à prevista e isso só resultará em dois resultados: O primeiro pode te levar ao resultado que pretendia alcançar na trilha programada, ou, seja, você tomou um atalho, mas chegou ao destino previsto.
               O segundo te leva a um caminho que pode atrasar seu aprendizado e fazer com que você se sinta frustrado e arrependido tanto NESSA vida quanto na outra e nos pós vida. Não estou brincando! É o caso de gente que se suicidou só para depois descobrir que poderia ter superado seus problemas e encontrado algo lindo que daria sentido a tudo. E como para cada ação há uma reação, ao tomar uma decisão assim, você alterará a rota de outras pessoas que também tinham algo para aprender com você ou te ensinar.
                   Você ficará tão perdido e arrependido que o que puder fazer para reparar seu erro, você fará, nem que isso inclua, viver só para salvar vidas em uma próxima encarnação... Como um tipo de Peter Petrelli (Heroes). As pessoas vão te admirar é verdade, mas, esse caminho é perigoso também porque, na ânsia de salvar cada vida como se salvasse a própria, você se matará aos poucos. É bonito e nobre ser um tipo de herói moderno, mas não se mate, salvando os outros. Permita que mais alguém te ajude a fazer isso, porque, talvez, sua próxima encarnação pode te ensinar a precisar dos outros... 
                    Obsessores são um caso interessante e renderiam um post enorme sobre, mas resumindo, eles são tão vítimas quanto algozes. Podemos esquecer o mal que fizemos aos outros - nessa vida e em outra -, mas eles nunca esquecem e, dificilmente perdoam. Espíritos podem ficar presos ao ódio, à dor, e a sensação de impotência e impunidade, e podem levar mais tempo para aceitarem a reencarnar enquanto o oposto pode acontecer com quem os machucou, que pode até ter se arrependido e aceitado passar por algo semelhante em uma encarnação futura para sentirem na pele o que fizeram ao outro. Já, suas vítimas, ainda presas ao medo e à dor, acabam sendo atraídas até seu antigo algoz - já que só pensam nele - e quando o veem, independente da forma que tenha nessa encarnação, sempre o reconhecem. E o que acontece se elas veem alguém que as machucou tanto, vivendo plenamente? Isso as revolta e, muitas vezes, oferecem uma chance de retaliação. Assim, surgem os obsessores.
               Alguns obsessores só querem que quem os feriu, sintam sua dor e, em geral, quando isso acontece, eles se dão por satisfeitos e se afastam. Outros, no entanto, ainda querem mais e mais. O que você pode fazer nesse caso, é orar por eles porque a dor e o medo os cegou a ponto de acreditarem que se se permitirem ser bons novamente, se tornarão vítimas novamente.
                 Os dons espirituais podem se tanto uma bênção quanto uma maldição, dependendo de como você lida com eles, como utiliza esse dom e, o principal, de sua energia.
                    Eu fiz algumas regressões e elas foram muito intensas. Quanto mais eu volto ao passado, mais percebo que todas as vezes em que fui uma moça ingênua e sonhadora, mais as pessoas - especialmente homens - me humilharam e me fizeram sofrer muito. Era visível a injustiça nisso e teve vezes em que eu parei e pensei: "mas eu fui praticamente uma santa, por que isso?", logo depois me peguei pensando: "tomara que esse verme infeliz que me machucou, esteja ardendo no inferno". Isso se encaixou perfeitamente às vidas seguintes, onde eu sempre era boazinha demais em uma vida, aí, na seguinte, eu era a femme fatalle, tão linda quanto malvada, disposta a brincar com os corações dos homens, mas, independente do quão fria, cruel, esperta e desapegada, eu tentasse ser, ainda morria pelas mãos de um homem. Por que?
                Então, eu passei a ser a mulher que só queria curtir ao máximo, sem se preocupar com o amanhã, mas, o resultado seguia o mesmo... Morta por causa de um homem. Não era um homem específico - pelo menos, eu acho -, tipo... Em uma vida, eu me casei apaixonada e tive um filho, mas, meu filho morreu, ainda criança, e meu marido não se importou tanto quanto eu, se preocupando mais com seus negócios, eu definhei, e vi que, mesmo no meu velório, ele não derramou uma só lágrima.
                Em outra vida, eu fui uma moça inconsequente, que acabou se tornando uma prostituta e estuprada em um carro, esfaqueada e depois, jogada para morrer sozinha em um beco escuro. Daí, vem meu medo de carro, de becos e escuro. O mais interessante é que tenho uma mancha de nascença onde eu teria sido esfaqueada. Pelo menos, quando morri nessa encarnação, o espírito da minha avó - que era uma pessoa muito querida -, veio me buscar e eu me lembro de que a abracei e me senti feliz e segura em seu abraço.
                     E na última vida que eu vi e que descobri ser a causa para eu detestar echarpes, colares e qualquer coisa em meu pescoço, além de me sentir insegura quando avisto grupos masculinos, eu era uma moça muito bonita, que me envolvi com um criminoso e achei que traí-lo era uma boa ideia. Pois é... Juízo zero. Ele descobriu, invadiu minha casa, com pelo menos mais quatro homens enquanto eu estava com meu amante, e quando fui até sala, eu vi aqueles homens nojentos, sentados no meu sofá, fazendo gestos obscenos e dizendo coisas nojentas. Meu amante foi espancado e morto na minha frente, e eu, enquanto lutava por minha vida e tentava em vão escapar, só tive tempo de pegar uma faca e correr para os fundos. No desespero para não ser violentada e depois assassinada, eu mesma decidi me matar e cortei minha garganta. Não morri tão rápido quanto pensei que morreria. Senti muita dor e agonia enquanto sentia meu sangue vazando. O pior foi ver aqueles homens rindo da minha dor, principalmente aquele que era meu namorado. Talvez, eu esteja expondo minha verdadeira identidade ao contar esse último relato, mas eu sinto que devo e um amigo me disse para seguir minha intuição.
                Analisando essas vidas em seus mínimos detalhes, eu entendi que não posso reclamar da minha situação atual, porque é como um descanso para minha alma, porque eu sempre fui muito intensa em minhas encarnações, e nem sempre aproveitei como deveria, minha infância e adolescência. Eu acho que foram poucas as vezes em que deixei que alguém realmente tomasse conta de mim, que confiei e que só vivi um dia de cada vez. Tudo isso gerou uma ansiedade que tenho hoje e que diz: "todos estão casando, tendo filhos, conquistando coisas, e você está ficando para trás". Por mais difícil que seja, eu entendo e estou me esforçando - por todas as mulheres que fui no passado - a não me desesperar nem correr atrás de um casamento que sei que não me fará feliz, ou, filhos, que sei que não preencherão meu vazio. Minha missão nessa vida é só descansar e quebrar o ciclo, porque é na próxima vida que o bicho vai pegar.
                 Agora, eu só preciso entender, perdoar, me curar emocionalmente, e orientar outras pessoas que, como eu, também se sentem perdidas e deslocadas por aqui. E, Deus é bom e sábio. Eu tive a chance de encontrar uma antiga amiga (dessa vida que citei por último) e, embora, eu não tenha sido suficientemente madura para tratá-la como ela merecia, ainda mais, quando novamente ela precisava de mim, eu sinto muito carinho por ela e desejo do fundo do meu ser que ela se cure e seja feliz com a pessoa que ela escolheu para viver ao seu lado. Que Deus a ajude, a cure e a abençoe, e que quando eu a encontrar novamente - nessa ou em outra vida -, eu possa ter a honra de ser a amiga que ela merece.
                  Eu também refleti sobre certas pessoas que Deus insiste em fazer voltarem a minha vida e, por mais que eu sofra porque sempre acho mais fácil mandá-las sumirem da minha frente, eu sei que preciso amadurecer e encará-las nos olhos, mesmo que isso me assuste e me machuque, porque, pode ser minha chance de reparar qualquer coisa que eu possa ter feito em uma vida anterior ou, mesmo nessa. Mas, não é fácil quando algumas pessoas preferem esfregar na sua cara que você errou em vez de só tentarem ouvir o que você tem a dizer sobre isso. Todos temos nossa parcela de culpa. Ninguém é inteiramente bom ou mal. Aquele homem tão frio que foi meu marido na vida passada e que não derramou uma lágrima por mim... Quem sabe se eu voltar mais, não descubra que uma vida mais antiga, fiz pior com ele, ou, talvez, eu soubesse que ele seria uma alma difícil e tenha escolhido ajudá-lo... Muitas possibilidades. Entendem que não é tudo preto no branco? Espero, sinceramente que esse post os ajudem a refletir sobre suas próprias vidas e que lhes dê força e ânimo para seguirem.
               Minha empatia sempre esteve presente, mas aflorou principalmente quando cheguei à fase adulta. Não vou mentir e dizer que é o máximo saber como algumas pessoas se sentem porque não é. A impressão que tenho é que sou como uma esponja, sempre absorvendo a dor de todo mundo. Não é legal. Eu sempre fujo das pessoas depressivas porque a dor que elas sentem, me engole como um buraco negro, e eu termino sofrendo por elas e por mim que não posso ajudá-las. Então, me sinto de mãos atadas. Ainda estou tentando encontrar uma forma de chegar às essas pessoas sem me machucar. Eu mesma, já sou uma alma muito ferida, e tenho de aprender a lidar com minha própria dor e insegurança. Eu disfarço bem, mas sou tão insegura e medrosa, que ainda acho que o lugar mais seguro do mundo é no meu quarto, embalada pelas canções felizes que ouço. Não vou quebrar essa bolha porque como disse anteriormente, eu já vivi demais, é hora de descansar e me permitir ser apenas a parte sonhadora e doce, que infelizmente, não pude ser anteriormente.
                    Eu ia falar sobre como comecei a Viajar Astralmente e como isso funciona para mim, mas deixarei isso para o próximo post para esse não ficar tão extenso. Não temos um canal no You Tube porque nenhuma das autoras se sente confortável para mostrar seus rostos para uma câmera. Gostamos das vidas tranquilas que levamos. Não é tão glamouroso quanto ser youtuber, nem lucrativo. Realmente, escrevemos por amor, e embora, muitos achem que isso é burrice, não ligamos. Enquanto tiver ao menos um leitor aqui, a gente continua, porque ajudar os outros não tem preço. Não são apenas palavras. Lembro que muitas vezes, me sentindo deprimida, peguei um livro ao acaso ou, mesmo acessei algum blog, e li palavras semelhantes que me fizeram sorrir e me encheram de esperança. Até o próximo post! ©


Referências bibliográficas

1. A Obsessão, Allan Kardec
2. Memórias de um suicida, Yvone A. Pereira
3. Amor e Obsessão, Marcelo Prizmic
4. Thomas - Vida e Morte, Marcelo Prizmic
5. Cinco Dias No Umbral, Osmar Barbosa
6. Dramas da obsessão, Yvone A. Pereira
7. A obsessão e seus mistérios, Carlos B.




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