Não me lembro se já fiz algum post semelhante em A Dança Das Fadas (tempo em tempo, eu tenho que checar meus posts lá porque, com os outros blogs, fica difícil lembrar tudo o que postei), mas acredito que não fará mal repostar aqui, caso seja o caso.
Elementais estão em constante evolução como nós, seres humanos, e, por isso, não é estranho que eles sejam vistos de uma forma em uma época para serem vistos de outra numa época posterior. Parece que depende da crença das pessoas, de como elas acreditam que eles sejam, por exemplo, se achar que os elfos são como em O Senhor Dos Anéis, é assim que eles se mostrarão a você, já, se achar que eles são como no Harry Potter, eles aparecerão desse jeito, claro que estamos falando apenas da aparência, pois, a personalidade é outra coisa.
Confira a seguir a aparência dos elementais descrita no folclore, na mídia, e nos relatos de quem afirmou já ter tido contato com estes seres.
Os Elfos
No Folclore: São descritos como seres altos, belos, de pele albina, e com cabelos longos (mesmo os homens) e louros. Não encontrei nenhuma menção a orelhas pontudas. Se vestiriam com trajes brancos, e dependendo do lugar onde fossem avistados, poderiam ser vistos, usando também uma capa verde de capuz.
Na mitologia Nórdica, não havia elfos sombrios, apenas elfos benévolos. Os chamados “elfos” sombrios, na realidade, seriam anões, residentes em Svartalfheim, que, se vissem a luz do sol, imediatamente, se transformariam em estátuas de pedra como os goblins.
Ainda, segundo a Mitologia Nórdica, os elfos benévolos residiriam em Ljossalfheim, e seriam muito queridos pelos deuses nórdicos.
Na Mitologia Celta, elfos não eram vistos como muito diferentes das fadas, podendo ser benévolos ou malévolos, ou, ainda, indiferentes aos humanos e outros seres. Eram, fisicamente, descritos como belos e elegantes como os elfos nórdicos.
Na mídia: A imagem que temos dos elfos, hoje, é graças ao criador de O Senhor Dos Anéis, o Tolkien. Então, os elfos são representados como seres belos, altos, elegantes, e com ar angelical. Podem usar trajes delicados como na Era Medieval, ou, então, exibirem trajes de guerra – se forem elfos guerreiros –. Alguns, podem ter olhos que parecem brilhar como a elfa de A Saga. Nem todos são loiros, alguns, podem ter cabelos negros como a elfa que aparece em O Dragão Do Natal, ou Arwen de O Senhor Dos Anéis.
Em Relatos: Foram vistos com orelhas pontudas e trajando vestes semelhantes às dos filmes; ou, como uma celebridade favorita, amigo de infância, ou, em sua forma real. Quando vistos em sua forma real, nem sempre foram descritos com orelhas pontudas, mas tinham cabelos longos, estes, podendo ser louros ou negros. Também podiam ter cabelos curtos. A maioria, utilizava roupas modernas. As elfas podem ou não usar maquiagem.
As Fadas
No Folclore: Podiam ser pequenas e aladas como as pixies, e nessa forma, nem sempre utilizariam roupas, mas quando utilizassem, seriam simples. As pixies podem alterar sua forma e tamanho (como todos os elementais), mas, geralmente, em sua forma natural, poderiam ser facilmente confundidas com crianças, não apenas por sua aparência angelical, mas por sua altura que seria a mesma de uma criança de seis anos.
As fadas, também podiam ser descritas como altas e possuidoras de uma beleza feérica. Houve, um tempo em que albinos e ruivos naturais eram ditos como fadas por causa de sua beleza incomum. Fadas, podiam se vestir como humanos, mas sempre, com roupas elegantes. Em seu reino feérico, costumavam usar capas com capuzes, vermelhas, cinzas ou verdes. Também podiam usar vestidos brancos e longos, e esconder seus rostos atrás de véus. Não há menções de fadas em tamanho adulto com asas, se elas não as possuíam, ou se as escondiam com algum encanto, permanece um mistério.
No entanto, nem todas as fadas eram descritas como mulheres fisicamente perfeitas, e podiam possuir variadas formas e tamanhos, podendo ser baixinhas, gordinhas, e mesmo, feias – não necessariamente nessa ordem -.
Na mídia: A imagem que temos das fadas, atualmente é como a Cristal de Uma Fada Em Nossas Vidas, loura, olhos azuis, alada, bondosa, e um pouco excêntrica. Temos também as fadas de O Clube Das Winx, as de Barbie, e as de Tinker Bell. Gosto de como as fadas são representadas em Tinker Bell porque não são todas iguais, possuem aparências diferentes, e também personalidades diferentes. Já em Winx, elas são estilosas e não se vestem muito diferente dos humanos; então, observando isso, os filmes não são tão bobos assim.
Em relatos: Como nem toda pessoa está familiarizada com Folclore das fadas, não foi difícil confundir uma aparição das mesmas com um fantasma. Muitas fadas, ainda se vestem a caráter, e imagino que uma albina, vestida de branco, pode ser assustadora se você estiver sozinho em casa.
Encontros com Banshees também foram descritos ao longo dos séculos, e, quando elas não usavam uma capa cinza ou vermelha de capuz, se vestiam toda de branco e escondiam seus rostos atrás de véus, também brancos.
As ninfas
Na Mitologia: Ninfas podiam ser vistas, trajando vestidos delicados e quase transparentes, ao estilo grego antigo. Também podiam ser vistas nuas a nadar nos lagos ou a correr nos prados. Eram descritas como belas e atraentes, com uma beleza angelical.
Na mídia: A imagem que temos das ninfas são as mesmas das pinturas antigas, descritas acima. Semelhantes as humanas, só o que as difere, é a sua beleza feérica, sua delicadeza e seus trajes esvoaçantes. Também, não é incomum, serem retratadas, usando coroas de flores em suas cabeças, ou entre árvores e arbustos, muitas vezes, sendo parte humana, parte planta.
Nos relatos: Geralmente, são vistas da mesma forma que na mitologia e na mídia, mas, algumas vezes, se apresentam, usando vestidos modernos.
Os Gnomos
No Folclore: Gnomos medem aproximadamente de 15 a 30 centímetros mais ou menos. Assim, como as pixies, podem, facilmente, serem confundidos com crianças, à primeira vista. São tradicionais em sua forma de se vestir, utilizando roupas antigas, quase sempre verdes ou marrons. Possuem um capuz pontiagudo. Podem ou não ter barbas, depende da idade. Gnomos crianças são muito fofinhos, possuindo bochechas rosadas, e olhinhos curiosos.
Na mídia: São representados da mesma forma que no folclore, embora, muitas vezes, sejam confundidos com duendes ou anões mágicos.
Nos relatos: Também costumam ser vistos como nas representações folclóricas e da mídia. Podem se fingir de estátuas quando no jardim ou no mato numa forma de tentarem ludibriar os humanos a acreditarem que se tratam apenas de meros enfeites de jardim, mas basta piscar os olhos, e eles desaparecerão num instante.
Os Duendes
No Folclore: São descritos com a altura aproximada de até 40 centímetros. Quase sempre com a aparência de homens idosos, com barbas longas. Podem se vestir de forma semelhante aos gnomos.
Na mídia: Podem ser representados com a pele verde e, quase sempre fumando um cachimbo. Também podem ser fisicamente semelhantes aos anões de O Hobbit.
Nos Relatos: Foram descritos como no folclore e na mídia.
Os Goblins
No Folclore: São pequenos – podendo medir mais ou menos 30 centímetros no máximo – e feios, com a pele verde, orelhas pontudas e largas, e com os rostos semelhantes aos de sapos.
Na mídia: São retratados como no folclore, mas podem ficar ainda mais feios, dependendo de onde aparecerem. Normalmente são populares em RPGs.
Nos relatos: Nem todos eram feios, mas tinham uma aparência animalesca.
Anões
Na mitologia: São descritos como homens de baixa estatura e com barbas bem cuidadas. Se vestem como os duendes, mas não possuem capuzes. Residentes em Nidavellir, temem a luz solar, assim como os elfos sombrios de Svartalfheim. Podem ser feios ou belos. Comumente associados a Terra.
Na mídia: Eles fora destaque em O Hobbit, por isso, acredito que, até hoje, é a melhor representação deles.
Nos relatos: Os islandeses os descreviam exatamente como na mitologia nórdica.
Asrai
No Folclore: Medem cerca de quinze centímetros mais ou menos. São belas e podem possuir uma aparência translúcida, uma vez que seu corpo parece formado a partir da água.
Na Mídia: Asrai só foi retratada em livros esotéricos, e no de fantasia, escrito pela escritora brasileira, Eddie Van Feu, Lua Das Fadas.
Em relatos: Se apresentou da mesma forma que descrita no folclore.
Mavkas
No Folclore: Essas ninfas sombrias, possuem as costas ocas e podres como madeira. Também podem ter a pele enrugada, seios flácidos e olhos totalmente brancos. No entanto, se mostram como belas donzelas para ludibriar os homens e lhes fazer mal.
Na mídia: Aparecem apenas em pinturas e desenhos, ora como uma mulher atraente, ora como uma mulher de aspecto fantasmagórico.
Os silfos
Na mitologia: São descritos como seres translúcidos e de pele muito branca. Alguns podem ter olhos negros ou vermelhos, e asas de morcegos (silfos das tempestades), muito bonitos fisicamente, podem ser confundidos com anjos. Por alterarem sua forma e tamanho, às vezes, podem se mostrar como pequenos seres alados, ou ainda como orbes coloridas.
Na mídia: São pequenos e alados, com orelhas pontudas, trajando roupas brancas e esvoaçantes.
Em relatos: São descritos como homens jovens, e belos, semelhantes a anjos; foram, ainda, vistos como orbes de luzes coloridas, e como seres translúcidos, envoltos em névoa ou luz feérica.
Kitsunes
No folclore: Podem assumir a forma humana, mostrando-se sempre como uma pessoa jovem e bela, mas, ao que parece, a transformação nunca é completa, e sempre se pode identificar uma kitsune por sua cauda ou orelha.
Na mídia: É representada tanto como uma raposa comum, como uma raposa com duas ou nove caudas. Na forma humana, sempre exibe orelhas de raposa e uma cauda.
Relatos: Sempre eram vistas como mulheres belas e atraentes que abordavam os homens em lugares desertos, às vezes, para lhe fazer mal, outras, para pregar-lhe uma peça.
Os Nixes
No folclore: O Nix é descrito como um homem belo, atraente, e elegante que costuma tocar violino nas cachoeiras. Pode assumir a forma de um peixe, de uma serpente, ou, ainda, de um tesouro para ludibriar humanos e, dessa forma, atraí-los para as águas.
A nixe é retratada como uma bela mulher, com cauda de peixe. Assim como as sereias, seu canto é mortal para os humanos, e a canção do Nix também.
Na mídia: São retratados como no folclore.
Nos relatos: A Nixe deixa as águas e sempre apresenta a barra da saia molhada, já o Nix, a orelha fendida e, claro, seu inseparável, violino.
As Lamiak
No folclore: São descritas como belas mulheres de pés de pato, garras de aves, ou, cauda de peixe.
Na mídia: Mulheres de cabelos dourados com pés de pato.
Nos relatos: Sempre esconde parte do corpo na água, ou, o melhor, os seus pés, ou como a Nixe, usa uma saia longa, cuja barra se percebe molhada.
Ondinas
No folclore: São mulheres belas e atraentes como as nixes, mas que não possuem caudas como as sereias.
Mídia: São mulheres vestidas com longos e delicados vestidos, comandando ondas ou nadando entre golfinhos.
Nos relatos: Confundidas, muitas vezes, com fantasmas.
Selkies
No folclore: Seres belos que na água seriam focas, e fora da d’água, caso retirassem suas peles, semelhantes a humanos.
Na mídia: Pessoas atraentes vestindo ou retirando uma pele de foca.
Nos relatos: São descritos como no folclore.
As Russalkas
No folclore: Semelhante as Mavkas, possuem a aparência cadavéricas, com olhos brancos sem pupilas. Se apresentam nuas. Para ludibriar os incautos, se mostram como donzelas vestidas em trajes leves, e cantam uma doce canção enquanto trançam seus longos cabelos.
Na mídia: Retratadas como no folclore.
Em relatos: Retratadas como no folclore.
Os Jinnis
No folclore: Sua aparência varia, dependendo de sua classe. Por exemplo, os Marid são azuis com olhos na mesma cor que brilham como chamas. Há djins vermelhos, verdes, amarelos e negros. Quando se apresentam aos humanos, podem assumir a forma humana. Também podem assumir a forma de objetos inanimados.
Na mídia: São retratados como seres que podem ser feitos de névoa da cintura para baixo. Possuem a pele azul, verde, etc, e se vestem como árabes. Quase sempre aparecem saindo de uma lâmpada mágica.
Em relatos: Foram avistados como orbes, névoa, objetos inanimados, sombras, formas indistintas, e vozes. Dificilmente mostram sua verdadeira forma a um humano. Estabelecem contato maior através dos sonhos. ©
Daniele Claudino nasceu em 1992, em Campo Grande – MS, onde, ainda vive atualmente. Fascinada por seres mágicos e sobrenaturais. Seu primeiro livro, O Amanhecer Das Feiticeiras foi publicado pela Editora Viseu, em 2018.