Alguns mitos dizem que duendes tomam conta de um pote de ouro no final do arco-íris. Entretanto, se for capturado, o duende pode comprar sua liberdade com esse ouro. Outras lendas dizem que para enganar os homens, ele fabrica uma substância parecida com ouro, que desaparece algum tempo depois. Neste caso, são chamados leprechauns. Na mitologia irlandesa, os leprechauns tem mais ou menos 30 cm e atendem a desejos. Na mitologia portuguesa, o Fradinho da mão furada e o Zanganito são seres encantados, uma espécie de duendes caseiros.
Quem nunca perdeu algo dentro de casa e nunca mais achou? A primeira alternativa- e a mais racional-, é que alguém ou você mesmo mudou de lugar e não se recorda. Mas já pensou na possibilidade de um duende brincalhão ter escondido o objeto?
A imagem mais comum dos duendes é a de um ser pequeno de aspecto mais ou menos humano, apresentantando alguns traços exagerados. Mas como são dotados de poderes mágicos, podem trocar de tamanho e de forma. São considerados criaturas semi-divinas mas mortais. A lenda diz que eles passam grande parte do tempo mudando as coisas de lugar ou escondendo-as, mas também gostam de dar susto nos moradores da casa onde habitam. E podem até se vingar daqueles que os tratam mal. Mas os duendes podem ser bonzinhos e realizar os pedidos de quem os agrada e acredita no seu poder.
O primeiro passo para atraí-los é chamá-los pelo nome ou através de uma oração específica. Outra maneira é colocar um pote de mel com água na janela de casa em uma noite de lua-cheia. Para evitar erros, adquira uma imagem de duende e coloque dentro de casa ou no jardim. Coloque também três moedas douradas como oferta. Escreva seus pedidos em papel e coloque embaixo da imagem. É muito importante não se esquecer de alimentar o duende com um pouco de leite ou água com mel. As oferendas podem ser colocadas na frente do duende ou ao lado direito. Além de alimentos, eles gostam de receber brinquedos como pás e picaretas. Ter contato com a natureza é também uma boa forma de reforçar os laços com os duendes. É nos reencontrado com a terra que que vemos o reflexo de nossa própria alma. Não podemos esquecer que, assim como os duendes, somos parte da terra e a terra é parte de nós.
Esses pequenos seres possuem grande apreço pela música, pelo canto e bailes. Igual aos gnomos, os duendes são elementais da terra.
O contato com um duende é bem interessante, mas devemos estar preparados para recepções divertidas ou desagradáveis, de acordo com a nossa egrégia interna. Eles podem nos ajudar muito no aprendizado com plantas e ervas. Os duendes possuem hábitos noturnos e geralmente tem uma atitude benévola com os seres humanos, para os quais realizam pequenos trabalhos domésticos se forem devidamente respeitados e alimentados. A maioria deles mora nos bosques ou campos, no interior de alguma árvore ou no subsolo da terra. Os duendes podem viver vários séculos, ultrapassando 500 anos, mas não são imortais.
Características gerais:
Os duendes, geralmente adotam um estilo medieval de vestuário. Usam uma pequena túnica marrom, às vezes, guarnecida por uma por uma longa gola dobrada, botões brilhantes e debruns de cor verde, calções marrons, meias rústicas e dois tipos de calçados: ora uma " bota de lavrador", longa e pesada, ora um sapato de bico fino, de confecção mais leve. A cabeça é normalmente coberta por uma touca longa e pontuda, se bem que às vezes, um chapéu duro e de abas curtas substitua o barrete de camurça mais comumente usado.
Grupos de duendes, absortos em suas ocupações, foram vistos usando aventais, bastante semelhante aos usados por ferreiros; fivelas e fechos brilhantes geralmente fazem parte de seus equipamentos.
Trabalhando, os duendes portam e simulam utilizar ferramentas, principalmente, pás e picaretas, com as quais eles cavam a terra com grande aplicação.
Os duendes variam de compleição : os representantes de algumas tribos são baixos e atarracados, gordos e roliços, de membros curtos; já outros, são magros e de aparência jovial. A sua altura varia de 10 a 30 cm. O rosto pode ser parecido com o de um velho, com sobrancelhas acinzentadas, barba e bigode, tez avermelhada, curtida pelo sol e pela chuva. Seus olhos são pequenos e redondos e sua expressão cândida, cordial e bucólica. São por natureza, criaturas comunicativas e amistosas, andam em bando e são altamente miméticos nos seus hábitos, no seu jeito de se vestir, de brincar e de trabalhar. Como seu elemento é a terra, possuem muita coisa em comum com a simplicidade rústica do lavrador. Aparentemente, o tipo é de origem medieval, pelo menos o seu aspecto presente é modelado a partir do homem do campo daquele período.
Por serem ligados à terra, os duendes podem controlar imprevistos da natureza.
Alguns possuem ainda grandes e pontudas e grande quantidade de pelos no corpo. Eles chegam a constituir família e quando confiam nos humanos se tornam fiéis e grandes protetores.
Alguns duendes famosos:
Magnodum - duende da magia
Iende - duende da sorte
Dunez - da natureza
Dulei - da alegria
Duendo - da união
Os duendes estão estabelecidos no distrito de Dartmoor, na Cornualha. É difícil citar um lugar em Dartmoor que não seja assombrado pelas verdes criaturinhas travessas. Eles emprestam seus nomes a muitos marcos divisórios, Bosque dos duendes, Caverna dos duendes, Salão dos duendes, Pedra dos duendes.
Os pequeninos dançam às sombras das pedras verticais, ou fazem travessuras nas margens pedregosas dos riachos. O repicar de seus sinos pode ser ouvido no fundo do coração dos muitos picos rochosos dos terrenos não cultivados.
Os duendes traquinas adoram roubar cavalos e pôneis para cavalgarem loucamente pela chanerca, enrolando e embaraçando suas crinas, fazendo com que esvoacem ao vento. Mesmo em casa, não se está a salvo deles, pois gostam de atirar potes e panelas nas cozinheiras. Embora apreciem muito uma brincadeira, os duendes são trabalhadores e esforçados e são vistos, frequentemente à noite, debulhando milho em troca de pão e queijo.
Daniele Claudino nasceu em 1992, em Campo Grande – MS, onde, ainda vive atualmente. Fascinada por seres mágicos e sobrenaturais. Seu primeiro livro, O Amanhecer Das Feiticeiras foi publicado pela Editora Viseu, em 2018.